terça-feira, junho 22

ups, ouvi dizer que o mundo acaba amanhã 02

Limpezas. Músicas. Temas. Distúrbios. Sentimentos. Juventude.

Esta noite, só esta noite, prometo conseguir enviar-te este par de cartas que já guardo aqui, nesta gaveta castanha escura há muito tempo, na qual já não me pertence. Tento recordar aqueles enormes momentos que passamos ao relevo da lua. Morro de saudades, morro de pensar que estou a (tentar) escrever um livro… Agora!

Melancolia, desta vez concordo contigo. Concordo ter errado nas alturas erradas. Desta vez conseguiste distinguir o mal do bem. Para a próxima já sei, guardo o meu nome numa cave a sete chaves, e benzo-a sem qualquer hesitação.
 Vós sois testemunhas destas coisas. Juro guardar qualquer oportuno sentimento, e plantar o bem-estar dos. Até hoje, até hoje a vida permanece exactamente como a vivo.

Pelas vinte e três horas e cinquenta e dois minutos, um rapaz meio alto, de barba, de estilo extravagante veio falar comigo. Veio corrigir os meus santos erros. Ridículo mentalizar a mente destes rapazes de adolescência, haja santa paciência para pseudo-liberais.
Lamentar informar que a adolescência tem destas coisas.
Para me convencer que não “ando” neste mundo de puberdade, habilito-me ao vinho fresquinho da terra. Quem me dera ser um insecto e penetrar nas veias de alguém que me aponta o dedo. Quem me dera ser um vírus impossível de abstrair. Sou o fogo e consigo me proteger da água. Sou puro e electro, e não ando de casa em casa.
Ser cómico é ironar (até invento palavras, vê lá tu!). Acho que apanhei a gripe da chaminé, e acabo por me destruir, silenciosamente…
Ainda continuo a conversar com o suposto rapaz de barba… barba azul? Talvez.
Lá, cá, seja onde for, continua a destruir cada um dos meus neurónios. “Foge doença, livra-te de melgas”, disse-lhe eu com um olhar terrível.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.