quarta-feira, novembro 4



Vivo no meio de gente amada, desconhecida entre si, mas que habita um mesmo lugar: o teu coração. Esse que bate longe e que o oiço bater tão perto, esse que um dia conheci, esse que também é meu e que toco todos os dias. Sim, tenho-o na minha mão, cuido dele, por vezes guardo-o junto ao meu só para sentir o teu calor, só para me sentir.
Encosto-me à parede branca, quase infinita. Olho para o seu fundo na esperança de te ver a meu lado, de ouvir a tua voz, quem sabe, poder tocar-te. Espero tudo, mas não vejo, não oiço, não toco nada.
Deixo o meu corpo cair, adormeço sobre as (nossas) memórias e sonho. Flutuo sobre imagens (nossas) vivendo cada pedaço de um qualquer momento. Não há parede branca, quase infinita, não há esperança, não há distância nem obstáculos. No meu sonho damos as mãos e somos um só.
Acordo invadido de uma felicidade particular. O aperto volta a ser realidade, mas estiveste comigo, quebrámos a barreira. Algo tão simples e banal que só por si muda o começo de cada dia meu.
Pego em tudo o que é nosso: palavras, imagens, objectos; procurando torná-los o abraço que abafa a saudade. Aperto o nosso todo com as mãos. É tanta a força como a dor. É tanto o suor como a lágrima. Todo um esforço (apenas) por te ter comigo.
Eu amo-te Flávia!

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